Baianas Ozadas promove a participação de pessoas com deficiência física e intelectual na ala inclusiva Felipe de Jesus 19 de fevereiro de 2020 Cultura, Notícias O bloco que faz a mistura de Minas com Bahia agitará milhares de foliões com o tema “Realce – quanto mais ozadia melhor”; lavagem da escadaria da Igreja São José, ala infantil “Os Baianinhas, ala de dança e ala inclusiva, em parceria com a APAE, para pessoas com deficiência física e intelectual levarão muito alegria e emoção para o Centro de BH Com a bandeira da inclusão e contra qualquer tipo de discriminação, o bloco Baianas Ozadas desfilará na segunda-feira de Carnaval, 24 de fevereiro, com o tema “Realce – quanto mais ozadia melhor”, uma homenagem ao cantor e compositor Gilberto Gil. Como nos anos anteriores, o cortejo contará com a ala infantil “Os Baianinhas”, ala de dança e bateria, além da inclusiva, em parceria com a APAE, para pessoas com deficiência física e intelectual, A concentração acontece a partir das 9h, na Avenida Afonso Pena, próximo à Igreja São José. De acordo com a produtora do bloco, Polly Paixão, o objetivo é fazer com que todos possam curtir a folia. “A ala está aberta para que pessoas com deficiência física e intelectual se divirtam no Carnaval e vivenciem a experiência de estar em um dos maiores blocos de Belo Horizonte. No ano passado tivemos uma linda situação, em que um dos percussionistas, Bruno Pesado, literalmente invadiu a ala inclusiva e proporcionou para uma cadeirante a experiência de tocar um instrumento de percussão. Isso emocionou todos ao redor e muitas pessoas nas redes sociais, já que tudo foi filmado e compartilhado”, conta. Para participar da ala inclusiva, basta entrar em contato pelo perfil no Instagram @baianasozadas, onde a produção retornará com as instruções. É necessário trajar roupas brancas ou o abadá do bloco. Cada pessoa com deficiência tem direito de levar um acompanhante dentro da corda. Desfile A folia começa com a ala infantil, “Os Baianinhas”, versão infantil do bloco com fantasias, músicas, atrações especiais, e até uma bateria formada pelos pequenos, sob a coordenação de Geovanne Sassá. Em seguida, ocorre um dos momentos mais marcantes do desfile do bloco, quando é feita a tradicional lavagem da escadaria da Igreja São José, em alusão ao ato realizado na igreja de Senhor do Bonfim, em Salvador. “Considero um dos momentos mais bonitos do desfile do Baianas e chego a ficar emocionado. E neste ano, que, com o nosso tema, estamos levantando a bandeira contra qualquer tipo de intolerância, discriminação e desrespeito, a lavagem tem um significado ainda mais especial, ainda mais por ter a anuência dos 13 padres da paróquia de São José”, comentou o idealizador do bloco, Geo Cardoso. Após a icônica lavagem, o Baianas Ozadas saí em cortejo com sucessos do axé retrô e, claro, canções de Gilberto Gil, arrastando milhares de foliões até Praça Sete. O cortejo desce a Avenida Amazonas até o entroncamento com a Rua Tupinambás, onde segue até a Avenida dos Andradas sentido Praça da Estação, local em que ocorre a dispersão. “Decidimos fazer uma alusão à música e ao álbum Realce, do homenageado deste ano, o cantor baiano Gilberto Gil. Escolhemos Gil pelo conjunto da obra e por ser mais um baiano carnavalesco nato. Além disso, por sua história, já que ele é um dos criadores do movimento da Tropicália e ainda ex-ministro da cultura. Gilberto Gil é um artista revolucionário que em mais de 50 anos de carreira, se posiciona entre o poético e o político, ocupando um lugar singular para a cultura brasileira”, disse Geo Cardoso. “Neste ano o Baianas Ozadas vai passear pela obra e trajetória de Gil, posicionando o bloco em meio ao carnaval de Belo Horizonte, difundindo a alegria aliada ao respeito as diferenças e pertencente a todas as cores e tribos. Respeito ao direito de todos participarem da festa, fortalecendo o combate às discriminações e preconceitos, sejam elas de orientação social, racial ou sexual”, completou. A identidade visual que o bloco colocará na avenida Afonso Pena neste ano foi criada pelos artistas Yuri Leite (vulgo DJ Yuga) e Pedro Varella. Baianas Ozadas O Baianas Ozadas foi criado em 2012 pelo baiano radicado em BH, Geo Cardoso, que convidou um grupo de amigos para sair como uma ala no carnaval da capital. Desde o primeiro ano, todos – homens e mulheres – se vestem com saias, turbantes e colares de baianas em reverência às tradicionais baianas, de forma bem-humorada e compondo um visual peculiar. No ano seguinte, a ala deu origem ao bloco. E desde então, ele cresceu vertiginosamente ano a ano, se tornando o maior do carnaval de Belo Horizonte. Em 2017, o público ultrapassou o número de 500 mil pessoas. Em 2018, o Baianas Ozadas preparou um repertório com clássicos eternos do Carnaval, ritmos baianos e sucessos de Carlinhos Brown. E em 2019 o Olodum foi o grande homenageado com a presença de centenas de milhares de pessoas. Baianas Ozadas nas redes sociais Facebook: //www.facebook.com/baianasozadas Instagram: @baianasozadas Serviço: Baianas Ozadas no Carnaval 2020 Tema: “Realce – quanto mais ozadia melhor”, uma homenagem ao cantor e compositor Gilberto Gil Data do desfile: 24 de fevereiro – segunda-feira de Carnaval Horário e local da concentração: 9h, na Avenida Afonso Pena, próximo à igreja São José. Trajeto: Avenida Afonso Pena, Praça Sete, Rua Tupinambás, Avenida dos Andradas e dispersão na Praça da Estação comentários